Say hi and then goodbye

Tenho que recomeçar tudo de novo. Já vai completar três semanas que meu namoro está terminado e tive umas tentativas meio furadas de tentar acertar as coisas, quando tudo o que eu fiz era exatamente aquilo que não deveria ser feito. Não sei como fazer isso. No último ano, vivi de fato uma revolução na minha vida, finalmente tive a oportunidade de amar e ser retribuído. O que antes fora uma vida de certa forma solitária e vazia tinha conhecido pela primeira vez o prazer e as dores de ter esse espaço, esse vácuo, preenchido por outra pessoa. E que pessoa. Nunca conheci alguém tão doce, tão inquieta, intensa, tão realmente incrível. Claro que às vezes ela podia ser uma chata, um pé no saco mesmo, mas até isso eu achava uma parte inexorável do charme dela.

O fato é que: AINDA SINTO MUITA FALTA DELA. E eu sei que ela ta em outra. Ela já não me sente como parte da vida dela. Até compreendo. Vou ter que conviver com isso, não é? Mas por mais que minha vida siga adiante, ainda vejo aquele rosto, aquela expressão que me trincava a alma toda vez quando a via sorrir, aquele calorão que me percorria o corpo quando caminhava sozinho na rua e pensava nela. Tem que sair, mas não tá indo embora. De certa forma, não consigo deixar de imaginar que talvez não era pra ser assim.

Reconheço que fiz minhas cagadas, que deixei ela na mão em alguns momentos. Fiz o que eu pude, mas de certo não correspondi às expectativas e talvez não me puxei para melhorar como eu deveria. Mas quando é que isso não acontece? Não existe namoro perfeito e provavelmente esse tipo de coisa nunca existirá. O Leandro preguiçoso e egoísta, que viveu aqui sozinho por 24 anos ainda não abandonou seus hábitos, até porque isso seria improvável, mas enfim, ele ta trabalhando pra melhorar. O foda é que uma das coisas mais incríveis que ele viveu foi sacrificada durante o processo. Vai ver que foi para o melhor, como a maioria das pessoas me dizem.

Será?

O lance é continuar vivendo pra saber.

Enquanto isso, sigo sentindo muito a falta dela. MESMO.