Say hi and then goodbye

segunda-feira, março 28, 2005

 
HANG ON TIGHTLY AND LET GO LIGHTLY

Crises familiares em pleno domingo de Páscoa. Minha irmã superou todos os limites nessa semana. Colocou um piercing na boca, provocando a ira da minha mãe, que ficou de mal com ela e meu pai durante toda a semana. Para rebater, senhor Jorge [pra quem não sabe, meu pai] ligou o botão "fuck it" em resposta à intransigência da mamma. Sei lá, nada contra colocar um piercing, mas ir contra meus pais? Nem eu consigo ser tão petulante. Mas enfim. Ontem, minha mana bateu o recorde: fugiu de casa pela janela às ONZE da noite pra ir dormir na casa de uma amiga. Só fomos descobrir pela manhã, na hora do almoço, ao ver que a moça não estava no quarto. AH MOLEQUE!!! Para encurtar a história. Uma briga familiar em escala massiva se deu lugar na casa da minha avó, que quase teve um pileque quando a possibilidade de SEPARAÇÃO fora cogitada. Naquela hora, me veio aquela sensação tão temida. Puxada de tapete. Vazio.

Assustador.

Nas horas mais desesperadoras é quando você descobre que não é tão idiota e covarde. Tratei de ser o mediador da história. Tentei estabelecer um diálogo entre meus pais e aos poucos fui contornando a situação. Trouxe minha irmã e meus pais de volta pra casa e deixei a bola rolando entre eles. Tive que ir trampar. Ao voltar pra casa, me senti aliviado e até comovido ao ver todos na sala, olhando tevê. Eu nunca faço isso, mas me obriguei a me juntar a eles. Me senti bem melhor. Antes da Camila ir para a cama, chamei-a de canto e tive um curto diálogo:

Eu: Mila, tu sabe que tu fez uma cagada feia, não?

Irmã: Sei.

Eu: A mãe queria te cagar a pau depois dessa que tu aprontou. Se eu não tivesse conversado com ela, ia sobrar pra ti.

Irmã: Eu sei.

Eu: Mas te digo o seguinte. Se tu aprontar mais alguma dessas, magoar a mãe ou o pai e causar mais um troço desses aqui em casa, EU ESMAGO A TUA CABEÇA.

Irmã: Tá Leandro, não precisa ser violento. Tu mesmo não falou que a gente tem que resolver esses assuntos na conversa?

Eu: To conversando contigo agora.


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Lá na locadora, ainda meio transtornado com a situação, resolvi colocar um filme para reforçar meu sentimento familiar. Não poderia haver melhor escolha: THE GODFATHER. Uma parte me atingiu como um maldito raio. É logo no começo, quando Johnny Fontane, o cantor, fala com Don Vito Corleone:

Don Vito: Você se dedica à sua família?

Fontane:
Claro que sim.

Don Vito: Òtimo. Um homem que não se dedica à família nunca será um homem de verdade.


HUH

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