Em determinados momentos, fico me questionando qual a razão de manter essa porcaria no ar, fazendo textos para meia dúzia de pessoas lerem. Talvez fosse mais fácil ficar tirando fotos, planejando toda forma de expressão visual para tentar exprimir seja lá o que minha cabeça doentia esteja pensando em tal momento.
Enfim, não rola.
Tô falando muito "enfim" ultimamente. Desde então me acometi do tenebroso medo de me tornar uma versão não radialista de um dos locutores da rádio Unisinos, que gostam de usar a expressão a torto e a direito.
Isso me remete à 2002, mais precisamente na disciplina de História da Comunicação, um retumbante porre. UM PORRE MESMO. Piadas internas de extremo mau gosto e risadas ensandecidas dentro da sala de aula. Lembrando esse curto espaço de quatro anos, percebo como as coisas mudaram. Agora, fica difícil saber ao certo o que mudou: não sei ao certo se quem mudou foi o meu senso de observação, ou se as coisas ao meu redor de transmutaram com uma velocidade exponencial.
Bem, vejam todos os descolês subindo e descendo as escadas. Toda a necessidade de mostrar do que são feitos e o que querem fazer. O centro 3 é o antro disso. É a epítome da imposição do status. Algo precisa ser provado e ali é a hora. Essa necessidade ferrenha de aceitação aproxima as pessoas. Nunca me misturei muito com ninguém na real nesses anos de unisinos. Salvo alguns felizes fortúnios, fiquei satisfeito com minha invisibilidade. Se conquistei afinidades entre os estudantes de comunicação, certamente foi por minha personalidade dentro da sala de aula, e não pela minha camiseta do Death Cab For Cutie. Não que eu não tenha esse estranho fascínio de entrar nesse círculo, mas sei lá. Talvez haja tanta merda em meio à esse aí do que se eu ficar conversando com aqueles que os indies tão ferrenhamente se opõem. Agora, vou eu saber qual lado que está certo? Eu sei qual é o meu, e prefiro não colocá-lo em nenhum outro lugar. Deixo tudo como está, não morro de nojo e não interfiro nessa bizarra equação.
Me disseram que eu sou indie justamente por odiá-los. Pode até ser.